De repente me deu vontade de
escrever – talvez pra colocar pra fora uma coisa que tem me deixado com uma
sensação estranha por dentro. Na verdade já faz um tempo que venho pensando na
vida; aliás eu sempre penso nela, no sentido de tentar entender qual é a minha
missão, a minha história, sei lá. Na ânsia por querer entender algo que não
existe resposta certa, procuro sempre tentar fazer algo que me faz sentido.
Acredito que não tem nexo vivermos uma vida apenas pra curtir os momentos bons
e os outros momentos, seguir em frente, sobreviver da melhor forma possível.
Pra mim a vida não pode ser apenas vivida procurando viver um dia após o outro –
a gente precisa dar um sentido pra tudo isso...
Não acho que é preciso passar por
uma situação de quase morte pra mudar o rumo de nossas vidas ou a forma de
pensarmos sobre ela. Já falei sobre este tema em outro post, mas é realmente o
que eu acredito.
Ajudar ao próximo é uma maneira
de dar um sentido mais evoluído na minha vida, algo quase que espiritual. A
gente não precisa ajudar os outros dando dinheiro a todos que pedem no
semáforo. Acredito que podemos ajudar o próximo em qualquer lugar, a qualquer
momento - simplesmente sendo gentil com
todo mundo, inclusive com os mais humildes de seu trabalho. Podemos ajudar o
colega que pode estar precisando de um ombro amigo – isso não é difícil
encontrarmos. Ou, como sempre faço também, ajudando de alguma forma no trabalho,
ensinando aquilo que sabemos fazer bem – acho que isso também é ajudar ao
próximo...
Houve uma época em que achava
isso totalmente normal, que todo mundo fazia. Depois de um tempo conhecendo
muitas pessoas, comecei a perceber que poucas são aquelas que pensam no próximo
– está todo mundo pensando em si mesmo, em como se dar bem no trabalho, como
ganhar mais, como ficar mais bonita e por aí vai... mesmo aquelas pessoas bacanas, aparentemente
do bem, que não fazem o mal, mas também não se preocupam em fazer o bem.
Comecei a me preocupar quando
passaram a me achar uma pessoa boa, muito do bem, quase uma santa! Nossa, eu
não me acho nada disso e fico triste de ver que uma pessoa como eu possa ser
algo muito além do que está acostumado a ver nesta vida. Sim porque eu tenho um
monte de defeitos, acho que poderia fazer muito mais pela humanidade, enfim,
será que é isso mesmo? Será que é muito difícil querer ajudar os outros, fazer
alguma coisa pra mudar este mundo?
Enfim, eu sempre pensei em passar
por esta vida e deixar alguma coisa de valor, não somente para minha família,
mas para todo mundo. Não tenho a pretensão de ser uma santa, um mártir ou algo
do tipo. Quero que sobre tempo na minha vida para fazer algo verdadeiro, que
faça sentido. Na semana passada dei o meu primeiro passo, de muitos é claro. Começar
como voluntária em uma ONG muito conhecida, foi pra mim algo novo,
desconhecido, mas muito excitante – fez bem pra minha alma.
E você, sabe o que está fazendo
nesta vida? Acha que está perdendo seu tempo e que poderia fazer algo mais?
Pense nisso e tome uma atitude agora.